Livro da EDUFRN está na final do prêmio Jabuti

O e-book Culinária Selvagem: saberes e receitas de plantas alimentícias não convencionais, da Editora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (EDUFRN), avançou para a última fase do Prêmio Jabuti 2021, considerado o mais tradicional prêmio literário do Brasil. Já foi anunciado que o trabalho entrou para a etapa finalista, quando ficou entre os 10 na categoria Economia Criativa, mas agora o prêmio divulgou a última lista de finalistas, que indica apenas os cinco mais bem avaliados. O anúncio dos vencedores será feito no próximo dia 25.

O livro explora as potencialidades nutricionais e ensina receitas usando 12 Plantas Alimentícias Não Convencionais, também conhecidas como PANCs. Escrito de forma colaborativa e com uma equipe multidisciplinar, o projeto foi organizado pela professora Michelle Jacob, do Departamento de Nutrição (Denut/CCS), em parceria com a professora Angela Almeida, do Departamento de Práticas Educacionais e Currículo (DPEC/UFRN), e com o gastrólogo Nilson Cintra.

“O Jabuti é o maior prêmio de literatura do país. Essa indicação que recebemos é fruto do esforço institucional da UFRN, que desde 2017, junto ao LabNutrir/CCS, vem investindo na promoção de práticas sustentáveis não só relacionadas à alimentação, mas também à sociedade de uma forma geral. Estar na final é prova do papel de liderança que as universidades públicas, em especial a UFRN, têm no cumprimento dos objetivos do desenvolvimento sustentável”, disse a pesquisadora Michelle Jacob.

Para Helton Rubiano, diretor adjunto da EDUFRN, essa indicação significa o reconhecimento do trabalho dos profissionais da editora (editores, revisores, designers), sempre empenhados em apresentar o melhor produto ao leitor. “Representa ainda o impacto social que pode ser alcançado a partir de uma editora universitária, cujo foco não está no lucro, mas na difusão do conhecimento”, reforçou.

Um dos objetivos do livro é fazer uma ponte entre a gastronomia e a nutrição. O trabalho ajuda a conhecer novas plantas com potencial de promover diversos tipos de benefícios ao corpo humano e contribui para a criação de uma diversidade nutricional, bem como na aplicação desse conhecimento no dia a dia de forma simples.

Espécies como beldroegas, bredo, camapu, cana-do-brejo, cariri, chanana, couvinha, monguba, mastruz, entre outras, são apresentadas com o máximo de detalhes para que a população conheça seus nomes populares, propagação e cultivo, uso alimentício, informações nutricionais, entre outras características. O trabalho preparou ainda algumas receitas que podem ser feitas com a utilização das PANCs, de maneira que seja possível aproveitar todo o seu potencial, seja de sabor ou de nutrição.

As PANCs são plantas comestíveis, exóticas ou nativas, não facilmente reconhecíveis ou disponíveis para compra pela população. O trabalho com essas espécies, que é refletido no livro, é fruto das ações desenvolvidas pelo Laboratório Horta Comunitária Nutrir (LabNutrir), projeto de horta urbana pedagógica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

De acordo com os autores, as feiras e os mercados de produtores são os lugares nos quais você pode encontrar PANCs à venda com mais facilidade. No site do LabNutrir, foi elaborado um mapa que ajuda a encontrar esses espaços. Por acreditar na importância da construção de sistemas alimentares resilientes, o Laboratório priorizou os registros da agricultura familiar, hortas comunitárias e cooperativas e pequenos comerciantes.

O livro está disponível neste link.